sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Trabalhos 2011-2012

Olá, como podem perceber já faz um bom tempo que não escrevo no blog. Vou utilizá-lo para divulgar o material que tenho escrito para congressos e revistas. Atualmente faço mestrado no CEFET-RJ em Ensino de Ciências sob a orientação da Prof Glória Queiroz.
Acredito que a escrita seja a nossa marca na história, dessa forma busquei organizar os arquivos em ordem cronológica de congressos, porém não foram escritos necessariamente nessa ordem. (Ex: os arquivos do Eneciências foram escritos antes do ENEC, mas o ENEC foi antes do Eneciências)... Muitas coisas escritas são repensadas e reescritas posteriormente em artigos mais maduros. Não tenho medo de mudar de ideia -o texto é temporal e datado, por isso. Fica aqui um pouco do que venho fazendo!
Espero que os contribuam de alguma forma.
Um abraço,
Roberto Dalmo

Os links estarão disponibilizados de acordo com a data dos eventos e não com a data de escrita.


VIII ENPEC (2011)

Link para o trabalho Uma introdução à História e Filosofia das Ciências no Ensino  Fundamental: reflexões sobre uma prática pedagógica. - Relato de uma prática no ensino fundamental.

http://www.nutes.ufrj.br/abrapec/viiienpec/resumos/R0842-1.pdf

Link para o trabalho "Discutindo a Natureza da Ciência no Ensino de Física a partir de um Vídeo Debate: uma Prática na Formação Inicial de Professores". - Trabalho feito já no Grupo de Pesquisa em Ensino de Física.

http://www.nutes.ufrj.br/abrapec/viiienpec/resumos/R1169-1.pdf

III ENECIÊNCIAS (2012)

Link para o trabalho "Radioatividade e Sociedade: A utilização de um cine debate como ferramenta pedagógica para a formação do cidadão". - Trabalho completo baseado na minha monografia de final de curso. (Química UFF)

http://www.ensinosaudeambiente.com.br/eneciencias/anaisiiieneciencias/trabalhos/T209.pdf

Link para o trabalho "História da Química e a Experimentação: Reflexões de uma prática". - Trabalho completo baseado em minha prática durante o período de monitoria em Epistemologia e História da Química (UFF)

http://www.ensinosaudeambiente.com.br/eneciencias/anaisiiieneciencias/trabalhos/T49.pdf

XVI ENEQ (2012)

Possibilidades de abordagem CTS no Ensino Fundamental a partir da poesia "Ode Triunfal" de Fernando Pessoa -http://www.eneq2012.qui.ufba.br/modulos/submissao/Upload/42603.pdf

Revista Alexandria (UFSC 2012)

Link para texto "Poeta futurista e Engenheiro Naval?" - Texto sobre o poema Ode Triunfal e sua possibilidade de utilização em sala de aula

http://alexandria.ppgect.ufsc.br/files/2012/09/literatura5.2.pdf

Revista Fio da Ação (UniRio 2012)

Trabalho "A educação Inclusiva e a Escola de Inclusão: (In) Formando para Continuamente Formar". - Impresso (não possui link).

Seminário CTS - Madrid 2012

Link para trabalho "Projeto Ciência e Arte em uma Abordagem CTS – O lixo extraordinário"  - Texto sobre uma prática em 2011 com o 1º ano do Ensino Médio que utilizou a obra de Vik Muniz.


Link para trabalho "Projeto CTS Modernismo - Ciência e Arte" - Texto sobre o projeto feito no ano de 2012 no Grupo de Pesquisa em Ensino de Física UERJ

http://www.oei.es/seminarioctsm/PDF_automatico/I7textocompleto.pdf

Link para trabalho "Projeto CTS Modernismo - Ciência e Arte" - Texto sobre o projeto feito no ano de 2012 no Grupo de Pesquisa em Ensino de Física UERJ
http://www.oei.es/seminarioctsm/PDF_automatico/A1textocompleto.pdf

Por enquanto é isso... vem mais por ai! =D

terça-feira, 10 de julho de 2012

EVENTOS!!

Gente, nesse mês de Julho e Agosto estaremos recheados de bons eventos para quem é da área de Química. 
Primeiramente o Encontro Nacional de Ensino de Química que será de 17 a 20 de Julho em Salvador- Bahia. O evento vai bombar!!! Já está lotado e o site é http://www.eneq2012.qui.ufba.br/


Quem é do Rio de Janeiro Não pode perder a Semana de Química da UFF que será de 06 a 10 de Agosto essa é a pagina do evento no Facebook 
e esse o site http://www.uff.br/daq/



Por fim, a Semana de Química da Unicamp que será de 20 a 24 de agosto e possui a pagina do Facebook


Aproveite!!!


quinta-feira, 31 de maio de 2012

Química do Gudang - Parte 2

Como o maior número de acessos pelas estatísticas são da postagem A Química do Gudang http://quimicaeducacao.blogspot.com.br/2008/12/qumica-do-gudang-garam_16.html
E como percebem, devido ao tempo não tenho mais feito postagens

Recebo hoje uma boa colaboração através do seguinte texto

Prezados, não existe qualquer substância ilegal nestes cigarros. O Gudang não possui maconha em sua composição e, como muito bem explicado pelo Roberto Dalmo, a substância responsável por causar uma "leve onda" no fumante é o eugenol, em razão das propriedades já mencionadas. Esta substância provoca diminuição da pressão arterial, ocasionando a sensação de vertigem logo em seguida aos primeiros tragos e, geralmente, o fumante sente, ainda, as pernas pesadas ou dormentes e os reflexos ficam prejudicados. Estes são os efeitos que o fumante consegue sentir de imediato, porém, como já é de conhecimento de todos, qualquer cigarro, inclusive o Gudang, é extremamente prejudicial à saúde, em qualquer nível de consumo. Em adição, para eliminar qualquer dúvida, recentemente a ANVISA editou resolução proibindo a comercialização e importação de cigarros que contenham aditivos aromatizantes como o cravo e a canela, os quais fazem parte da composição do Gudang. Outrossim, o Gudang é um produto importado, tendo em vista que é produzido em diversas regiões da Indonésia, e, portanto, deveria obedecer as normas tributárias expedidas pela Receita Federal (especialmente a que dispõe sobre o selo de controle, na forma da Instrução Normativa RFB nº 770, de 21 de agosto de 2007) e pagar os devidos impostos. Então, além de ser um produto contrabandeado, verifica-se que a sua importação sem o pagamento dos respectivos impostos incorre no crime de descaminho. Portanto, a comercialização do Gudang na forma que é realizada hoje é conduta passível de punição na forma do art. 334 do Código Penal brasileiro. Espero ter esclarecido quaisquer dúvidas que, porventura, ainda não tenham sido eliminadas pelas sábias palavras do Roberto Dalmo. Para maiores informações sobre a história do Gudang e sua cadeia de produção acesse o site:

http://www.gudanggaramtbk.com/ina/home/

Abraço!


Lucas Latini

Acredito que seja uma boa contribuição para as discussões, e com argumentos bastante plausíveis. 

Agradeço a colaboração e abro espaço para outras colaborações nessa e nas demais postagens.

quarta-feira, 28 de março de 2012

XI Encontro sobre Investigação na Escola

Olá pessoal meu nome é Natália Bozzetto sou graduanda do curso de Lic. em Química da Universidade Federal do Pampa.
Gostaria de socializar com vocês um evento que ocorrera na UNIPAMPA nos dias 13 e 14 de Julho de 2012.

Maiores informações no link:

http://www.xieie.com.br/

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Ligações Químicas


Gostaria de começar minha fala sobre o tema proposta “Ligações Químicas” com uns questionamentos.

Começando com i) é realmente necessário ensinar ligações químicas? ii) o problema será a forma com que ela é ensinada? Se a resposta for sim para ambos os questionamentos anteriores, uma certeza eu tenho – Ele é estudado no momento errado – Assim, faz-se necessário uma reformulação da estrutura do Ensino de Química no que se refere à esse tema.


Para refletir sobre o primeiro tópico é necessário cidadão não químico.

Apesar da dificuldade de não se ver como químico após anos de estudo, é importante fazer esse esforço e se questionar. Se o objetivo da educação básica não é formar químicos, mas cidadãos capazes de compreender a linguagem da ciência, o que é relevante para os estudantes? Na forma com que compreendo hoje a Educação em Ciências, somos professores de linguagem científica. E a linguagem que o estudante deve compreender é aquela que possa ser utilizada no mundo que ele vive e que possibilite a articulação dos saberes. Escolares, Cotidianos, Científicos, em sua vida de modo que seja um cidadão crítico com relação ao mundo que o cerca.

E é nesse momento que devemos nos questionar sobre esse do saber escolar, cotidiano e científico. Existe uma dicotomia no ensino, afinal o professor de química precisou de todos os conhecimentos para ser professor, formando-se em uma graduação que foi difícil. Por outro lado não necessariamente o estudante irá querer ser professor, e nem químico, mas acreditamos que o conhecimento construído em sala de aula será útil para sua compreensão crítica do mundo. Nesse ponto o professor de química deve achar um ponto de equilíbrio no qual estarão os conhecimento necessários à essa formação crítica. E esse ponto de equilíbrio significa afastar-se do que foi importante para ele, em prol do que será importante pra o estudante. Acredito que a resposta a essa indagação será pessoal, e será uma mescla de crenças e vivências pedagógicas na qual cada professor encontrará o seu ponto de equilíbrio.

Umas perguntas para aumentar a discussão sobre o tópico de ligações químicas são essas i) O conhecimento de ligação química visto na universidade é o mesmo visto no colégio? E como faremos essa ligação com o cotidiano? O que você entende por transposição didática? – Complicado de ter uma resposta, mas mesmo assim é válido que haja a pergunta.

O tópico de ligações químicas está presente na primeira ano do Ensino Médio. O estudante não conhece nenhuma reação química (como reação química), mas precisa compreender a ligação e classificá-la como iônica, covalente, metálica. Será que esses estudantes conseguem compreender o conceito de Ligação Química? Agora, indo além, será que os professores conseguem? – É necessário fazer uma reflexão sobre o que é ligação química, como ela foi inserida no contexto científico e como ela está sendo utilizada.

Se a opção for trabalhar o tema “ligações químicas”, acredito que seja interessante estudá-lo em um momento posterior, e a utilização da História da Ciência torna-se válida por mostrar o caráter da ciência como uma construção humana, feita por modelos, e que está em constante modificação desses modelos.

Observado o livro didático

Tomando alguns livros que se propõem como inovadores, é possível perceber que a modificação feita no tema “Ligações Químicas” de um livro tradicional para esses é a questão da exemplificação estar anterior ao conteúdo. Claramente sendo mais coerente com o que se acredita hoje na Educação em Ciências do que os livros mais antigos, porém ainda consigo voltar ao questionamento inicial. Será necessário estudar ligações químicas? E se for necessário, qual o melhor momento? E como fazer?

Nesse livro, percebo que eles nos mostram os motivos de estudar ligação química, mas pra nós, químicos, é muito claro. Será que é claro para o estudante?

Por isso defendo uma abordagem desse tópico um pouco depois, após ele conhecer, refletir, se questionar, melhor o mundo macro. É importante lembrar que como professores de química somos articuladores da linguagem científica, mas isso deve fazer sentido para o estudante. Ele deve ser levado ao questionamento. E a partir daí, podemos construir modelos que sejam compreendidos, e não apenas decorados. Modelos esses que em geral, não possuem significação, mas apenas algo que nos diz “Se a diferença de eletronegatividade for maior do que 1,7 é iônica, se for menor é covalente”. Nesse ponto, ensinar ligações químicas, deve ser fazer o estudante questionar Por que os metais conduzem eletricidade? Por que os sais apresentam alto ponto de fusão? por que há tanta diferença entre o grafite e o diamante?

Nesse ponto de questionamento, o estudante irá querer compreender a ligação química e posteriormente as interações intermoleculares, para compreender a linguagem que a ciência utiliza para explicar fenômenos.


Que estratégias utilizar?

Essa opção estratégica é outro ponto pessoal, cada professor irá usar aquela me irá se adequar ao seu conhecimento e à suas crenças. Dentre as estratégias que podem ser utilizadas nas mais diversas práticas que pensam ensino/aprendizagem, temos as práticas que envolvem experimentação. Seriam elas adequadas para esse tema? Acredito que não, o conceito de ligação química foi introduzido, da maneira que “conhecemos hoje”, de forma teórica. (Reparem que muitos pesquisadores dizem que essas teorias não são palpáveis para o ensino básico). Partindo para um segundo tipo de abordagem metodológica, tem-se a utilização de práticas que envolvem a relação CTS. Contexto de Ciência, Tecnologia, Sociedade ela pode ser utilizada para a compreensão crítica de mundo. Se bem trabalhada podem fazer com que o estudante reflita e questione o mundo em que vive e as relações CTS. Essa opção seria adequada para uma abordagem do tema ligação química após um trabalho com reações químicas, transplantando o tópico talvez para o segundo ano do ensino médio. Se a opção é manter no 1º ano, acredito que uma boa opção seja a História da Ciência, abordando como funciona a dinâmica do empreendimento científico que eles estão estudando. Mas sempre lembrando que essa é uma opção metodológica e pessoal.

Percebam no meu discurso inicial que defendo uma mudança na ordem dos fatores. Inicialmente o estudante deve compreender algumas reações químicas, e como modelo explicativo utilizamos os conceitos de ligações químicas. Nesse ponto é feita uma mudança que irá adequar a história da ciência ao conhecimento estudado em sala, lembrando-se de que o modelo de ligação química surgiu há menos de um século. O conceito de átomo foi aceito como “verdade” (muitos aspas), há aproximadamente um século. Mas na Educação em Ciências fazemos o inverso. Queremos que os estudantes construam conceitos que demoraram séculos para serem compreendidos em uma aula. Assim eles decoram, não entendem o que é a Ligação Química.

Agora, respondam-me vocês! É necessário trabalhar na Educação Científica, os conceitos de Ligação Química? Se é necessário e importante, então temos que (re)inventar constantemente nossa prática. É isso que faz com que a profissão professor exija, como requisito básico, a criatividade!